31.1.04
Governo Doente
Já todos sabemos que Portugal está em crise e que este governo tem colocado os cidadãos a rastejar. Sobretudos os mais frágeis, as crianças, as mães, os doentes.
1. A diminuição do subsídio de doença atinge, sobretudo, as mulherescom filhos bebés. Dizem-no as estatisticas: são as mães com filhos doentes que faltam um, dois ou três dias aos seus empregos. Poderiam deixar os bebés doentes? A quem? E poderiam ir trabalhar com leveza no coração? São os que mais sofrem que passam a sofrer mais. Uma vergonha para um governo que diz ter princípios de justiça social. Há fraudes nas baixas ? É um problema de fiscalização ou de polícia. Não podem é os pais com filhos doentes e todos os sofredores deste país serem os que aumentam o sofrimento.
Entretanto, os nababos que fogem ao fisco ou depositam nos paraísos fiscais (a Madeira é um exemplo dessa gente sem compromissos sociais) continuam na maior, sem fiscalização que lhes chegue.
2. E as reduções às comparticipações do regime livre da ADSE (Assistência na Doença aos Servidores do Estado), agora anunciado? Mais uma vez, são os doentes a pagar a crise. Exemplos ?
a) ressonância magnética (-66%); b) extracção de um tumor da pleura (-37%); c) diária internamento (-37%); d) angaliação (-52%); d) fralda incontinente (-25%); e) teste HIV (-6%); f) hemograma (-6%)
São alguns exemplos da falta de pudor deste gorveno.
E poderíamos falar, ainda, dos ataques aos abonos de família e dos aumentos zero na Administração Pública. Para quê? Poderíamos ficar doentes... e é absolutamente proibido, neste país onde um governo sem preocupações sociais preferiria governar sem doentes, sem reformados, sem bebés, sem imigrantes... só com mão-de-obra activa! Para poderem passear nos submarinos, durante a semana, e irem ao futebol ao domingo!
Só por escrever estas linhas, fiquei com náuseas. Estarei doente?