30.4.05

BAGÃO FÉLIX




UM NOJO. A atitude de BAGÃO FÉLIX de adiar para 2010 "as responsabilidades dos clubes de futebol no cumprimento do acordo conhecido como 'totonegócio'" ultrapassa as raias do minimamente admissível.
Andava Bagão a defender o pobrezinhos e a justiça fiscal, a fazer sermões sobre a justiça fiscal, a lamentar-se por não ser compreendido, a proclamar que os ricos e os favorecidos deveriam pagar mais, enquanto( PASME-SE!), subrepticiamente, aprovava um despacho do seu secretário de Estado adiando para 2010 as tais responsabilidades dos clubes!
Sócrates diz que está "tão surpreendido quanto o país". Não.O país não está surpreendido! O país está enojado!
HIPOCRISIA de um catolicozinho 'opus dei' que não pode ver pobrezinhos sem dinheiro para o bilhete do glorioso SLB? Mais do que isso: simplesmente NOJO!
O que Bagão Félix fez, ainda, foi aumentar o descrédito dos políticos, os tais que deviam estar "ao serviço", como ele dizia. Afinal, bem prega Frei Tomás.
O governo PSD/CDS caiu mesmo DE PODRE!




LIONEL JOSPIN




Vale a pena ver o vídeo da já célebre entrevista a Lionel Jospin sobre o Tratado Constitucional Europeu, como ele prefere dizer. Basta ir AQUI e, na página, clicar em "La vídeo de l'intervention de Lionel Jospin (France-2)".

29.4.05

CONSTITUIÇÃO DA UE




Escreve-me um leitor, de nome "oliveirinha":
"Concordo com o que disse acerca da Constituição Europeia, é necessário, imprescindível até mas não este texto que vai a referendo. Se colocada a questão se eu pretendo ter uma Constituição Europeia eu digo prontamente que sim mas não esta que vai a referendo."
Eu só gostava de saber as razões do "não" a esta Constituição. Já perguntei a vários amigos, inclusive do BE, e só me respondem que é "neoliberal" ou "conservadora" ou mesmo "neoconservadora". Justificações? Zero.
Há quem diga que os franceses não estão contra a Constituição Europeia mas contra o governo de Raffarin. A ver vamos. Felizmente, o "não" parece estar a baixar nas sondagens, segundo o 'Nouvel OBServateur'.de qualquer modo, estou mais com Simone Veil, Jospin ou Delors do que com Le Pen ou Fabius.
Claro que nenhuma Constituição é perfeita mas é perfectível. Poderemos sempre melhorá-la.Mas temos de não tremer agora, quando a coragem é mais necessária.É que a construção é sempre difícil.
Concluindo, até estou de acordo com a deputada europeia Jamila Madeira:
"Um não à Constituição Europeia poderá conduzir a Europa a uma progressiva desintegração e a um recuo em conquistas fundamentais como o Euro ou a existência de um espaço sem fronteiras. O não à Constituição poderá traduzir-se num enfraquecimento da União Europeia, que se pretende capaz de resistir às pretensões hegemónicas dos EUA. Dizer sim à nova Constituição representa, em alternativa, pôr em marcha um conjunto de benefícios visíveis para os cidadãos, os Estados, as regiões, e para o funcionamento e a eficácia das próprias instituições europeias."
Dói muito pensar que a "esquerda socialista" ou "irreverente" está ao lado de Le Pen e dos europeus mais reaccionários. Lá que dói, dói. E entristece-me mais o BE. Porque o tenho apoiado, inclusive neste blogue.
O "NÃO", agora, NÃO TEM SENTIDO. É melhor melhorar do que destruir.
Haja melhor opinião.

REPÚBLICA




NÃO ME DIGAM QUE ESTE CARTAZ NÃO É LINDÍSSIMO!

DIREITOS FUNDAMENTAIS

>br>

CARTA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA UNIÃO EUROPEIA

PREÂMBULO

Os povos da Europa, estabelecendo entre si uma união cada vez mais estreita, decidiram partilhar um futuro de paz, assente em valores comuns.

Consciente do seu património espiritual e moral, a União baseia-se nos valores indivisíveis e universais da dignidade do ser humano, da liberdade, da igualdade e da solidariedade; assenta nos princípios da democracia e do Estado de direito. Ao instituir a cidadania da União e ao criar um espaço de liberdade, de segurança e de justiça, coloca o ser humano no cerne da sua acção.

A União contribui para a preservação e o desenvolvimento destes valores comuns, no respeito pela diversidade das culturas e das tradições dos povos da Europa, bem como da identidade nacional dos Estados-Membros e da organização dos seus poderes públicos aos níveis nacional, regional e local;

procura promover um desenvolvimento equilibrado e duradouro e assegura a livre circulação das pessoas, dos bens, dos serviços e dos capitais, bem como a liberdade de estabelecimento.

Para o efeito, é necessário, conferindo-lhes maior visibilidade por meio de uma Carta, reforçar a protecção dos direitos fundamentais, à luz da evolução da sociedade, do progresso social e da evolução científica e tecnológica.

A presente Carta reafirma, no respeito pelas atribuições e competências da Comunidade e da União e na observância do princípio da subsidiariedade, os direitos que decorrem, nomeadamente, das tradições constitucionais e das obrigações internacionais comuns aos Estados-Membros, do Tratado da União Europeia e dos Tratados comunitários, da Convenção europeia para a protecção dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais, das Cartas Sociais aprovadas pela Comunidade e pelo Conselho da Europa, bem como da jurisprudência do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias e do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.

O gozo destes direitos implica responsabilidades e deveres, tanto para com as outras pessoas individualmente consideradas, como para com a comunidade humana e as gerações futuras.

Assim sendo, a União reconhece os direitos, liberdades e princípios a seguir enunciados.

28.4.05

CONSTITUIÇÃO EUROPEIA





O texto constitucional europeu compreende quatro partes (um preâmbulo e três partes de desigual importância qualitativa e quantitativa).

PARTE I: Num total de 59 artigos, define os VALORES E OBJECTIVOS da União Europeia, os seus direitos e relações com os estados membros, domínios de competência, Instituições, actos jurídicos e a sua aplicação pelos estados membros, recursos e orçamento, a suspensão e retirada de um estado membro.

PARTE II: Num total de 54 artigos, explicita a CARTA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DOS CIDADÃOS DA UNIÃO EUROPEIA, a sua interpretação e aplicação.

PARTE III: Constitui a parte mais volumosa e descreve as POLÍTICAS APLICADAS PELA UNIÃO, num total de 342 artigos.

PARTE IV: Num total de 10 artigos, define algumas DISPOSIÇÕES GERAIS, campo de aplicação territorial, processo de revisão da Constituição e inclusão de 5 protocolos anexos.

No total, o Tratado Constitucional compreende 465 artigos e 5 protocolos anexos que dele fazem integralmente parte.



27.4.05

EUROPA DA CULTURA




Vasco Graça Moura tem o sublime condão de irritar qualquer cidadão minimamente pensante, quer pelo seu reaccionarismo militante (favores que deve ao tacho de parlamentar europeu), quer pela sua aversão permanente a tudo o que mexe.
Agora, chegou a vez do "novo dirigismo cultural"(cf. DN,27.04.05), assim apelidado por não ter sido chamado( quem se terá esquecido de mim?)a participar na "Carta para a Europa da Cultura", que será assinada nos próximos dias 2 e 3 de Maio, em Paris.
E de onde vem esta ideia da "protecção da diversidade cultural", que VGM apelida de "manhosa"? Claro que é..."como não podia deixar de ser, de inspiração francesa." Um espanto! Lá temos a França e os seus "jacobinos" a toldar o bom andamento europeu. Diversidade cultural? Qual quê? O que eles querem é que os bens culturais não circulem, que a cultura americana tenha entraves, que o pop-rock ou a cultura "light" não inundem a Europa!Malandros! Dirigistas! Jacobinos! Gauleses!
Infelizmente, haverá outro artigo de VGM, espantosamente obsceno.




ATTAC




Gostei de ver a ATTAC na Manif do 25 de Abril, em Lisboa.Espalhava festa e alegria.
E fui ler o seu blogue GRÃO DE AREIA.
E mais informações importantes:
"A ATTAC foi criada em França em 1998 com o objectivo de se bater pela implementação da Taxa Tobin, um instrumento de regulação dos mercados cambiais. Desde essa altura a ATTAC alargou em muito o seu âmbito de actuação e constituiu uma rede de plataformas em quatro dezenas de países por todo o Mundo.

A ATTAC-Plataforma Portuguesa (Associação para a Taxação das Transacções Financeiras para a Ajuda aos Cidadãos) foi criada em 1999. Em Março de 2000 dinamizou a Cimeira Alternativa de Lisboa. Em Dezembro de 2002 realizou o seu primeiro Encontro Nacional, do qual sairam os actuais corpos sociais, estatutos e programa de acção.

Neste momento existem cerca de 500 activistas inscritos na ATTAC Portugal, entre entidades colectivas e sócios individuais. E existem os seguintes núcleos regionais: Algarve, Braga, Castelo Branco,Coimbra, Évora, Grândola, Lisboa, Palmela, Porto, Santo André, Setúbal, Sines, Viana do Castelo e Viseu.

Aqui, como em todo o mundo, a ATTAC bate-se por uma globalização solidária, contra a guerra, a exploração e a discriminação. Integramos o movimento do Fórum Social que irá em Junho ter a sua primeira expressão em Portugal. Esta é uma luta de milhões, em que cabe sempre mais um."


E deu para ficar mais contente. E esquecer alguns vazios e aproveitamentos e partidarites.E esquecer também a insensatez de quem fala numa Constituição Europeia neoliberal ( que é que é isto?). Vale-nos a tolerância e a riqueza da diversidade democrática numa União Europeia em construção permanente.

BERNARDO SOARES



Foto de Yann Arthus-Bertrand
"Não fales... Acontece demasiado... Tenho pena de te estar vendo... Quando serás tu apenas uma saudade minha? Até lá quantas tu não serás! E Eu ter de te julgar que te posso ver é uma ponte velha onde ninguém passa... A vida é isto. Os outros abandonaram os remos... Não há já disciplina nas cortes... Foram-se os cavaleiros com a manhã e o som das lanças... Teus castelos ficaram esperando estar desertos... Nenhum vento abandonou os renques das árvores ao cimo...Pórticos inúteis, baixelas guardadas, prenúncios de profecias isso pertence aos crepúsculos prosternados nos templos e não agora, ao encontrarmo-nos, porque não há razões para tílias dando sombra senão teus dedos e o seu gesto tardio...Razão de sobra para territórios remotos... Tratados feitos por vitrais de reis... Lírios de quadros religiosos... Por quem espera o séquito?... Por onde se ergueu a águia perdida?"

Bernardo Soares

(in "O Livro do Desassossego")



25.4.05

HÁ 31 ANOS




Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo


Sophia de Mello Breyner Andresen



ABRIL DE ABRIL


Era um Abril de amigo Abril de trigo
Abril de trevo e trégua e vinho e húmus
Abril de novos ritmos novos rumos.

Era um Abril comigo Abril contigo
ainda só ardor e sem ardil.
Abril sem adjectivo Abril de Abril.

Era um Abril na praça Abril de massas
era um Abril na rua Abril a rodos
Abril de sol que nasce para todos.

Abril de vinho e sonho em nossas taças
era um Abril de clava Abril em acto
em mil novecentos e setenta e quatro.

Era um Abril viril Abril tão bravo
Abril de boca a abrir-se Abril palavra
esse Abril em que Abril se libertava.

Era um Abril de clava Abril de cravo
Abril de mão na mão e sem fantasmas
esse Abril em que Abril floriu nas armas.


Manuel Alegre

23.4.05

ATÉ JÁ!




AQUI, MADRID! ATÉ À MANIF DO 25 DE ABRIL!

22.4.05




MUITO ME TARDA ABRIL

Fala-se do novo Papa, com suspeições, epítetos, anedotas, conotações e perplexidades. Do futuro da Igreja, do seu passado e dos seus erros. Mas muito me tarda Abril. Este ano não vamos celebrar o Movimento ( pesem as ressonâncias estranhas que esta palavra contém) mas a Constituinte, a ingenuidade assumida, o hiato legislativo, a emoção, o impossível e irrealista, por fim o consenso, salvo um grupúsculo do CDS. Mas muito me tarda Abril. As celebrações são autárquicas, quase celebrações da Primeira República. Não é daí que vem o mal ao Mundo, apenas à memória. Muitos dos intervenientes ainda estão vivos. Já são considerados, na categoria da esperança de vida, como sexagenários. Mas muito tarda Abril, tanto que às vezes chego a pensar que está para acontecer: no jovem que sonha com um emprego e falha; num gesto fraterno de mão estendida para o desconhecido; numa palavra sussurrada quase como senha ou contra-senha mas que descodificada, quer significar: «Aguenta-te que Abril está a chegar». Mas muito me tarda Abril e é cada vez menos o tempo de esperar e de esperança. Não sei o que cresce à minha volta, se é ternura se é cardo. Porque Abril teve muita ternura mesmo entre os cardos. A alegria conseguiu vencer o sofrimento. Durante tempos é certo, quando éramos eufóricos, ainda com a hora do crepúsculo por anunciar. Muito me tarda Abril. Não é tempo de D. Sebastião, o tolo mancebo que não gostava da Primavera antes das névoas outonais, quando os dias são mais curtos e os ossos não resistem à fragilidade da carne. Não há que esperar mais nada, quando querem transformar Abril em Outubro, com fanfarras muitas, Estado algum e importância nenhuma. Só me falta ver os capitães de Abril, míopes e gordos, encostados a uma bengala, a verterem as últimas lágrimas frente ao soldado desconhecido. Muito me tarda mesmo Abril. Mas, mesmo pelo seu tardar, hei-de lá chegar. Não sei como, mas sei porquê.

Rogério Rodrigues (rrodrigues@acapital.pt)

http://www.acapital.pt/secciones/noticia.jsp?pIdNoticia=16910




Três cravos, a três dias do 31.º aniversário do 25 de Abril.

21.4.05




Um cravo, a quatro dias do 31.º aniversário do 25 DE ABRIL!

20.4.05




PETIÇÃO





A jornalista francesa Florence Aubenas, do LIBÉRATION, foi sequestrada, no Iraque, em 5 de Janeiro, juntamente com o seu guia Hussein Hanoun. Uma PETIÇÃO PELA SUA LIBERTAÇÃO percorre o mundo. ASSINE-A, em nome da LIBERDADE:

Para qualquer informação, consulte o sítio do Comité de Apoio a Florence e Hussein: http://www.pourflorenceethussein.org

BENTO XVI




, No DN de hoje, algumas frases deste novo papa:
- "A igreja ensinou sempre a malícia intrínseca da contracepção, isto é, de todo o acto conjugal tornado, intencionalmente, infecundo. Deve reter-se este ensinamento como uma doutrina definitiva e irreformável. A contracepção (...) lesa o verdadeiro amor e nega a função soberana de Deus na transmissão da vida humana. A recidiva nos pecados de contracepção não é em si mesma motivo para se negar a absolvição; mas não pode ser concedida e faltar o arrependimento suficiente ou o propósito de nõ recair no pecado."



- "Quanto ao drama da Sida, já tive a ocasião de realçar(...) que ele se apresenta também como uma 'patologia do espírito'.(...)podem ser evitadas sobretudo mediante um comportamento responsável e a observância da castidade."



- Pena de morte: "em casos de absoluta necessidade, ou seja, quando a defesa da sociedade não fosse possível de outro modo."



E poderíamos continuar em torno de arcaísmos, dogmatismos e intolerância, quer perante os homossexuais, quer perante os pensamentos divergentes.
Infelizmente, a Fraternidade Universal parece ter ficado mais distante com esta eleição.

Como dizia um amigo meu,a única vantagem parece ter sido a da necessidade de reaprendizagem da numeração romana!

18.4.05

DIA DA TERRA



Linces-do-canadá



Na próxima sexta-feira, 22 de Abril, nos EUA corre-se pela protecção da VIDA SELVAGEM. Será a MARCHA VIRTUAL DO DIA DA TERRA. Uma FESTA que quer juntar 90 mil internautas!
Mais uma prova de que ser contra a agressão militar ao Iraque não significa ser contra o povo americano, como muitas mentes toldadas continuam a referir, a propósito da posição política e institucional de Freitas do Amaral.
Esta MARCHA VIRTUAL é mais uma prova de que o povo americano está vivíssimo e ainda não foi sedado pelos senhores da guerra.

17.4.05

DIREITOS DOS ANIMAIS




Já aqui escrevemos, em 30 de Março,sobre a mortandade das focas-bebés, no Canadá. Afinal, ainda não conseguimos as 50 mil assinaturas (estamos em 48.639!). Vale a pena assinar AQUIAQUIAQUI!

Agora, convidado por um artigo de Tomás de Montemor, no "Notícias Magazine" (17ABR2005, pp.96-97) fui ver uma página sobre os animais ( www.furisdead.com )e, de facto, dá para ficar estarrecido com o VÍDEO que mostra a morte de animais na China ('Inside the Chinese Fur Trade'). Dá para pensar na barbárie destas imagens. "Qualquer pessoa de bem deve fazer um esforço para as ver", escreve Tomás de Montemor. "Como alguém escrevia - quem cortaria um centímetro da sua própria pele? Quem o faria para alimentar um pobre?"
E vale a pena, ainda, visitar o sítio da PETA, sobre os direitos dos animais.E, já agora, ler a DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS ANIMAIS, aprovada pela UNESCO,em Bruxelas,em 27 de Janeiro de 1978.



16.4.05

ANATOLE FRANCE




Nasceu, em Paris,em 16 de Abril de 1844. Chama-se ANATOLE FRANCE. Escreveu 'Les dieux ont soif', distingue-se dos seus contemporâneos pela oposição à colonização.

"Poète de l'école parnassienne, il collabora au Journal des Débats, au Journal officiel, au Temps, etc. ; il a écrit des études biographiques et de critique littéraire et publié divers romans : Le Crime de Sylvestre Bonnard, couronné par l'Académie, Les Désirs de Jean Servien, Thaïs, Le Lys rouge, etc.
Il a été élu à l'Académie française le 23 janvier 1896 au premier tour par 21 voix contre 12 à Francis Charmes en remplacement de Ferdinand de Lesseps, et reçu le 24 décembre 1896 par Octave Gréard. Anatole France a pris parti dans les luttes politiques qui ont divisé la France à la fin du XIXe et au commencement du XXe siècles ; il a publié des articles dans les journaux et prononcé des discours à l'occasion de ces événements, notamment à l'enterrement d’Émile Zola et à l'inauguration de la statue d'Ernest Renan à Tréguier. Prix Nobel de Littérature (1921).
Mort le 12 octobre 1924".




15.4.05

FOTOS




Esta foto do francês Jean-Marc Boujou ainda me emociona, como no primeiro dia em que a vi. Comove até às lágrimas a visão deste pai iraquiano,preso e encapuzado, despedindo-se do filho desfeito em lágrimas.
O autor das fotos esteve agora em Lisboa,no júri do Prémio de Fotojornalismo da revista VISÃO. A premiada, desta vez, foi Sandra Rocha, com a foto "Menina Desfila no Pátio da Catedral de Braga, antes da Procissão", aqui reproduzida. Também comove, como a passagem do tempo. A infância dói pela distância. Doerá sempre em todas as memórias. Porque arrasta a efemeridade na contínua espuma dos dias.




DIA DA REPÚBLICA - 74 ANOS




UMA ROSA PARA TODOS OS REPUBLICANOS ESPANHÓIS
QUE ONTEM RECORDARAM O 74.º ANIVERSÁRIO DA II REPÚBLICA!

14.4.05




O dia 14 de Abril é, na vizinha Espanha,o DIA DA REPÚBLICA.Comemora-se, neste ano de 2005, o 74.º aniversário da proclamação da II República (1931~).
Como republicano, uma saudação especial para todos os republicanos espanhóis, galegos, bascos e catalães. Esperemos que a igualdade de todos perante a Lei seja um facto e que o filho de um rei não seja mais do que o filho de qualquer outro cidadão. As democracias constroem-se com cidadãos.
Recordemos todos os republicanos que morreram em Espanha,em defesa da República, sobretudo nos anos negros da guerra de 1936-1939 e durante todo o tempo do fascismo franquista.
Esperemos a III República.



13.4.05

ANTES DE MAIO




Estive perto do infinito
mas não consegui

nem chorei sobre Maio
como fazem as rosas




POEMA




É assim o tempo
como uma flor ainda a nascer

LYON

A Avenida da República (Av. de la République), em LYON, É O MELHOR DA CIDADE: RESTAURANTES, PORTUGAL! Podemos chorar!
Há um cartaz dos MADREDEUS, em concerto, 18 de Abril! Ninguém SABE!
A cidade perde-se, entre os rios Saône e Rhône.
Ao lado, Saint-Exupéry, Casanova, Willermoz, Cagliostro, Jean Moulin...




E lembro dois dias, aqui, como, em Lisboa, nas Escadinhas do Duque:



Se choro, é como quem passa num jardim.



Em Saint-Denis apontavas o rectângulo do Sol
quem sabe, a nitidez angular de Le Portugais, de Bracque
E sabias tudo, comno uma flor na neve

12.4.05

VIVE LA FRANCE!







Quando o Presidente da República, Jorge Sampaio, está em França, vale a pena referir o papel histórico deste país, sobretudo na Declaração Universal dos Direitos do Homem, no acolhimento de imigrantes e exilados políticos de todo o mundo e, ainda, na construção da União Europeia.
E pensar na LAICIDADE, como valor democrático.
A França e Portugal têm as duas constituições laicas da UE. Em Portugal, a Associação Cívica REPÚBLICA E LAICIDADE tem denunciado o não-cumprimento nas escolas das normas constitucionais, apontando, como exemplo, a presença de crucifixos em muitas delas e as cerimónias religiosas organizadas por muitas delas, sobretudo na Páscoa. De facto, o que acontece é uma vergonha e só mostra que somos ainda uma democracia incipiente, feita de parasitagem com a igreja católica, à margem das leis vigentes. As escolas não são sacristias e a laicidade é um valor a preservar, em nome dos direitos fundamentais de TODOS os cidadãos e não só de alguns.



11.4.05

"O PRINCIPEZINHO"




Chegado de Lyon mas, ainda, com a ressaca a tiracolo,tiro do bolso "O Principezinho", de Antoine de Saint-Éxupéry e regresso às margens do Rhône e do Saône. Na margem deste rio,nasceu o escritor e piloto que deu o nome ao aeroporto de Lyon. A rua tem hoje o seu nome mas chamava-se antes Rue du Peyrat. Foi ali, em 29 de Junho de 1900, que nasceu o autor do livro que, ainda hoje, enternece. Morreria em 31 de Julho de 1944, com a guerra a acabar,num voo que nunca chegaria ao seu destino.
Mas da cidade da Resistência e da tortura de Jean Moulin, das incursões de Casanova, do nascimento e vida de Jean-Baptiste Willermoz (1730-1824,) e do Conde de Cagliostro (1743-1795), haverá muito mais a dizer.
Entretanto, vale a pena ler a "Histoire de ma Vie", de Giacomo Casanova. Nem que seja para esquecer a seca que nos dói, a crise que nos atormenta, o silêncio que nos percorre.

6.4.05

ATÉ JÁ !




Nova corrida, nova viagem!Lyon continua viva, agora com Andy Warhol e a sua "obra última", no Museu de Arte Contemporânea. Nas margens do Ródano e do Saône, floresce a cidade que é a primeira em qualidade de vida de toda a França. Dizem as estatísticas, as sondagens e os entendidos.

E dá para recordar Giacomo Casanova, sim, esse mesmo; e o conde de Cagliostro,sim, esse também, cantado por Camilo Castelo Branco ("José Bálsamo")e por Carlos Malheiro Dias ("O Grande Cagliostro").

E dá para lembrar Jean Moulin, o chefe da Resistência Francesa,preso no Forte Montluc e, diariamente, transferido para a escola de saúde para aí ser torturado por Klaus Barbie. Mas JEAN MOULIN nunca falou.

Também para ele, este cravo vermelho.







SAUL BELLOW (1915 - 2005)




Morreu ontem Saul Bellow. Foi NOBEL de LITERATURA, em 1976, quando Portugal fervia com o PREC e estava pouco voltado para as letras. Por isso, muito do esquecimento.
Nasceu no Canadá, nos arredores de Montréal, mas foi nos EUA que viveu, estudou sociologia e antropologia e, agora, morreu, em Brookline,com 89 anos.

Podemos ler de Saul Bellow:
Herzog (Relógio D'Agua),A Autêntica (Teorema), Morrem Mais de Mágoa (Livros do Brasil),Agarra o Dia (Editorial Fragmentos) e, na Editora Rocco,do Brasil, Um Furto, Agarre a Vida, Conexão Bellarosa, Dezembro Fatal, Presença de Mulher, Trocando os Pés pelas Mãos, Tudo Faz Sentido e Raveslstein.

"Com um grande sinal de Não Fumar atrás dele, Ravelstein acendia cigarros com a sua chama Dunhill enquanto perorava, dizendo “Se abandonarem a sala porque odeiam o tabaco mais do que amam as ideias, ninguém sentirá a vossa falta”.
Saul Bellow, Ravelstein



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