30.12.06

ETA - A VERGONHA




Este novo atentado no aeroporto de Madrid, perpetrado pela organização terrorista ETA, é mais uma nódoa vergonhosa na já longa história de 850 mortos em 38 anos de terrorismo. A democracia espanhola e todos os cidadãos que lutam pela paz estão revoltados com mais esta desfaçatez do desesperado grupo que só pelo sangue parece ver o caminho da liberdade. A ETA, outra infâmia.

PENA DE MORTE




A morte de Saddam Hussein aparece como um crime inexplicável, como qualquer pena de morte. Não se questiona se foi um criminoso, se praticou crimes contra a Humanidade ou se foi um tribunal (qualquer que ele seja) a julgá-lo. O que se deve questionar é se a pena de morte não igualiza quem mata a quem matou. Matar é agir como qualquer criminoso e, por isso, qualquer pena de morte é um acto hediondo que nos envergonha a todos.
Bush disse que esta morte constitui uma "etapa importante" no caminho para a democratização do Iraque. Pasme-se, quando a democracia tem sangue nas mãos. E esta presumível "democratização" já arrasta sobre si mais de seiscentos mil mortos. Uma infâmia.

29.12.06

CARTA




Agora que 2006 está a findar, recordei alguns momentos e ficou-me, por exemplo. esta carta que escrevi a um amigo, em data incerta.
Para memória futura, aqui a transcrevo:
"Estive para te escrever ontem mas deixei arrefecer um pouco a minha fundada revolta e eis-me agora aqui a querer dizer-te alguma coisa que nem sei bem o que é mas que passa por uma solidariedade profunda para contigo e para com todos os colegas na mesma situação.
Muita coisa me dói neste país. A luta por uma sociedade mais justa e responsável sempre me norteou mas, nos tempos que correm, sinto-me atropelado no meio da estrada, à espera que outros carros passem e que os risos dos torturadores me obriguem a fechar os ouvidos.
Os professores que terão de ir para qualquer escola que não conhecem, depois de tantos anos de sacrifício e de serviço ( como os colegas que bem conheces e que têm mais de trinta anos de serviço!), são os exilados, os novos exilados do século XXI. A dignidade humana e o respeito por quem durante tantos anos se dedicou a uma causa que, agora, parece perdida, vão para o caixote do lixo. E são professores do Quadro de Nomeação Definitiva, depois de tantos anos de trouxas às costas percorrendo este país que, depois de décadas, os chicoteia.
Que dizer mais? Só o silêncio e a lembrança desgarrada daquele verso da galega Rosália de Castro: "Este parte, aquele parte e todos, todos se vão". Mas há mais. Infelizmente, há mais. Vejamos o caso da M.G. e do seu trabalho de anos na 'Horta Pedagógica' e no 'Clube do Ambiente'. Fica a meio uma das maravilhas do espaço-escola, capaz de colocar uma flor no ambiente degradado de adolescentes carenciados e carentes, últimos filhos de um deus menor.
Como vês, a ferida aprofunda-se. É que falamos de destruição pedagógica e não só de atropelos da dignidade humana!
Solidário contigo e com todos os colegas injustiçados, eis-me prostrado, quase pronto a desistir de uma democracia que quero justa e fraterna mas que vejo manchada por uma partidarite mentirosa e indigna que, apesar da crise, continua a comprar grandes carrões com o erário público e a dar emprego aos militantes bajuladores e incompetentes. Se o anterior governo quase me enlouqueceu de revolta, este deixa-me paralítico e frustrado porque, ingenuamente, me alegrei com a sua vitória.
Um dia seremos ouvidos, embora talvez só quando o país bater bem no fundo do fundo e estiver vinte vezes abaixo de qualquer país europeu, em termos de educação e de cidadania. Até lá, aquele abraço!"

23.12.06

GUANTÁNAMO




É tempo de "felicitar" o sr. Bush pelo 5.º aniversário do campo de concentração de Guantánamo! A Amnistia Internacional convida-nos a fazê-lo AQUI.
É tempo para agir.



9.12.06

MÚSICA




Em tempo de música e de músicas, a memória dos BEATLES e dos anos 60.

6.12.06

MOZART - 115




Nasceu em 27 de Janeiro de 1756. Morreu em 5 de Dezembro de 1791, há 115 anos. Seria dor de mais não o recordar neste atravessar dos dias.

Dele recordo todas as noites, em requiem; dele soletro todas as notas da alegria.

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