6.1.04

Estuário

Sem notícias do mundo, colado a imagens que silenciosamente passam, fixo a luz branca do estuário. Reparo no pássaro que toca a lâmina do rio e, lentamente, voo para os amigos que acompanham a cremação do corpo de um poeta. Ainda tenho tempo para tocar a vida em turbilhão que se movimenta rente ao chão, debaixo das águas. Sinal que, neste momento, tudo acontece.

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