11.3.04

NO TEMPO DOS ASSASSINOS

Este é o tempo dos assassinos:
o dia amanhece com sangue inocente,
corpos entre ferros, em Madrid.

Não há lugar para a música:
os versos ficaram no lado branco
dos gritos de Lorca, Hernández, Machado.

Um silêncio traz a raiva, a traição,
o desespero acumulado:
este é o tempo dos assassinos.

Temos o coração pesado.
Estamos todos de luto
no tempo dos assassinos.








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