23.1.04

Manuel Carmo




Foi ontem inaugurada, , no Museu da Água (Reservatório da Mãe d'Água das Amoreiras, na Praça das Amoreiras, ao Rato ), uma Exposição de Pintura de Manuel Carmo, intitulada "Aquae Liberae Triumphalis Ingressus", Framentos para a Classificação do Aqueduto das Águas Livres como Património Mundial. São pinturas de grandes dimensões (550x300 cm ), em torno da água e dos seus símbolos, com quatro cores submersas no branco das telas sobre linhas negras. Do cinzento ao vermelho, passando pelo azul ténue e pelo amarelo, somos integrados nesse universo líquido que é, ao mesmo tempo, fonte de vida, meio de purificação e centro de regenerescência.
Do Catálogo desta Exposição de Manuel Carmo, citemos do texto introdutório da Directora do Museu da Água, Margarida Ruas:

"A água é uma substância divina. Para Thales de Mileto, a Água é o elemento primordial que compõe todas as coisas, manifestando-se nos três estados: sólido, líquido e gasoso.
A tradição cabalística reconhecia como elementos principais a Água, fogo e ar representadas pelas letras mãe do alfabeto hebraico:MEM, SHIN e AIN.
(...)
Manuel Carmo conta-nos a história da Água através do Aqueduto das Águas Livres de uma forma aparentemente tangível na sua arte minimalista de despojamento absoluto. Numa depuração purificadora ou na pureza de depuração última depois do infinito. Na simplicidade absoluta dos seus quadros brancos que falam apenas uma cor três pontos se mantêm em cada um, ocupando um lugar diferente, como uma arca nuclear da concepção da vida ou como uma nova trindade. A cor é a voz do espírito da magia, do mistério ou do imaginário
."

Até 25 de Fevereiro, eis um espaço para visitar, uma exposição para ver, um texto ao lado de quadro para ler. Um INGRESSUS para tocar o invisível.

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