17.4.06

HOJE



Estava assim o dia de hoje na Praia da Torre, ali pegadinha ao Forte de São Julião da Barra.
Foi tempo para lembrar o dia 18 de Outubro de 1817, quando o general Gomes Freire de Andrade ali foi enforcado e, depois, queimado, a mando do general inglês Beresford. As cinzas foram para o mar.
Desse dia outonal resta uma ténue memória: um singelo monumento no local, agora no lado Norte da estrada Marginal, quase à sombra de quatro palmeiras. Estendi o olhar, na passagem, e rememorei todos os inocentes assassinados que preenchem a História. E pensei nos quatro mil judeus que, há 500 anos (fá-los-á depois de amanhã), foram massacrados nas ruas de Lisboa por uma ululante multidão católica. E nos milhões de mortos de todas as ditaduras comunistas, nazis, fascistas, militares, teocráticas ou outras.
Vale bem a pena regressar à História, reler os simples "Felizmente há Luar!", de Luís de Sttau Monteiro, ou "Vida e Morte de Gomes Freire de Andrade", de Raul Brandão. E daqui, deste dia centrado em 18 de Outubro de 1817 (foi sempre dia feriado durante a 1.ª República), partir para outros livros e outras viagens.

Comments:
Lembrar e reflectir, um abraço amigo
 
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