8.3.05

DIA INTERNACIONAL DA MULHER






Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". De então para cá o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma, tanto em Portugal como no resto do mundo.

Feministas lançam Carta à Humanidade (LER, AQUI, NA ÍNTEGRA)

Documento, que circulará pelo mundo numa espécie de corrida de estafeta, pede igualdade, liberdade, solidariedade, justiça e paz

O Brasil foi o lugar escolhido pelas activistas da Marcha Mundial das Mulheres, uma rede internacional que congrega milhares de grupos de diversos países, para hoje lançar uma “carta à humanidade” que deverá percorrer parte do planeta. No documento, cujo original passará por Portugal em Maio, as feministas convidam mulheres e homens a entrar em acção para “mudar o mundo”.

O que diz a carta

“Asseguramos actualmente a maioria das tarefas essenciais à vida e à continuidade da humanidade. No entanto, o nosso lugar na sociedade continua subvalorizado”, sustenta o preâmbulo da Carta à Humanidade. No documento, as feministas responsabilizam o patriarcado e o capitalismo pelos grandes males do mundo. Reivindicam igualdade, alegando, por exemplo, que “nenhum costume, tradição, religião, ideologia, sistema económico ou político justifica a inferiorização”. Exigem liberdade, sublinhando que “nenhum ser humano pertence a outro” e que as mulheres “escolhem ter ou não filhas e filhos”. Apelam à solidariedade, afirmando que “todos os seres humanos são interdependentes”. Pedem justiça sem deixar de frisar, por exemplo, que “as agressões sexuais, as violações, as mutilações genitais femininas, a violência específica contra as mulheres, o tráfico sexual e a venda de seres humanos” são “crimes contra a humanidade”. E reclamam paz, frisando que esta “resulta, nomeadamente, da igualdade entre sexos”
. (in PÚBLICO )



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