14.10.03
Zé
São quarenta e quatro anos, uma vida cheia de árvores e sabedoria. A carvalheira demora a sombra, neste Outono de quedas e terrenos calcinados. Os olhos ultrapassam os caminhos e as portas largas. Trazem o verde breve dos jardins encostado à sombra do rio onde aprendemos a nadar. Depois, vamos ao lugar do silêncio: entre ferros, iniciando viagens, chorando à procura do pai, rodeando a casa, adormecendo na sombra da figueira.
Nessa encosta para um rio que morre, a vida caminha para a leveza, procurando o sorriso, o lugar das rugas no rosto. E quem conhece a vida nunca poderá morrer de ignorância.
Nessa encosta para um rio que morre, a vida caminha para a leveza, procurando o sorriso, o lugar das rugas no rosto. E quem conhece a vida nunca poderá morrer de ignorância.