18.8.05

LEITURA




Chama-se José António Saraiva e é mais conhecido por ser director do jornal Expresso e sobrinho do homem das duas mãos, José Hermano Saraiva. É que o pai não foi ficcionista nem inventava estórias. Saiu o romance Jardim Colonial, houve entrevista no próprio jornal e a frase de que pensava ganhar o Nobel da Literatura. Porque escreve bem, mais que bem, como neste naco impagável e original de prosa realista:

«Nélson passou um braço por cima dos ombros de Filomena, aconchegou-a, e com a outra mão começou a fazer-lhe festas nas pernas, primeiro em baixo e depois cada vez mais acima até lhe tocar com as pontas dos dedos nas virilhas. Ela não se mexia: parecia paralisada. Ele meteu-lhe os dedos por baixo das cuecas, sentiu uma camada de pêlo duro e encaracolado, ficou com as borbulhas do sangue a escaldar, quis ir mais fundo.» (pág. 137)

Como escreve o P.M., "também eu queria muita coisa".
Ou como dizia o meu avô:"Ai, Filomena, Filomena!"

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