13.3.05
TRIBUNAL - IRAQUE
TRIBUNAL-IRAQUE
Audiência Portuguesa
do Tribunal Mundial sobre o Iraque
Lisboa 18.19.20 Março 2005
Auditório da Torre do Tombo
Alameda da Universidade
TRIBUNAL DE OPINIÃO PÚBLICA JULGA AGRESSÃO AO IRAQUE
O Estado português é cúmplice dos crimes cometidos contra o povo iraquiano
Perante a Tribuna e o público, depoimentos vão testemunhar as provas de crimes e cumplicidades descritos na Acusação, documento elaborado por uma equipa de juristas da Comissão Organizadora da Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque (AP-TMI)
A AP-TMI acusa os governos dos EUA e da Grã-Bretanha de invadirem e ocuparem o Iraque, país soberano, sem qualquer título nem motivação legítimos, contra o direito internacional e invocando fundamentos que sabiam ser falsos; de, no decurso da guerra, terem violado as regras internacionalmente reconhecidas, ao atingirem deliberadamente alvos civis e utilizarem armas de elevada danosidade, como bombas de fragmentação e munições de urânio empobrecido; mais, acusa os mesmos governos de recorrerem sistematicamente ao uso da tortura e de tratamentos cruéis e degradantes contra os prisioneiros de guerra, com o fim de obterem informações, violando os mais elementares direitos e garantias inerentes à pessoa humana, assim desmentindo os propósitos «civilizadores» que constantemente apregoam; e acusa ainda os referidos governos de, após a ocupação, se apropriarem ilicitamente dos recursos naturais e dos fundos financeiros iraquianos, em seu benefício, e de subverterem as bases da estrutura produtiva do país com a intenção de dominarem por longo prazo a economia iraquiana.
O TMI acusa o governo português, quando presidido por Durão Barroso, de ter colaborado inteiramente na preparação da guerra, não só através de apoio político e diplomático, como através da cedência da base das Lajes, quer para a realização da «cimeira da guerra», quer como base de apoio militar à invasão, colaboração que se manteve após a ocupação, por meio da nomeação de um representante do governo junto da administração ocupante, e ainda através do envio de uma força da GNR em missão de cooperação com as forças militares ocupantes, missão que foi prorrogada pelo governo de Santana Lopes.
O TMI exige que a legalidade internacional seja reposta, com a retirada das forças ocupantes e a devolução integral da soberania ao povo iraquiano, condição indispensável da pacificação e democratização do país.
Eduardo Maia Costa, Procurador-Geral Adjunto
DEPOENTES
Dr Jorge Figueiredo, economista
Dr António Louçã, historiador
General Pedro Pezarat Correia
Dra Violaine Sautter, geóloga, directora de investigação no CNRS (Paris)
Professor Doutor José Manuel Pureza, professor de Direito Internacional
Professor Doutor José A. Azeredo Lopes, professor de Direito Internacional
Dr Fernando Nobre, médico, presidente da AMI
Professor Doutor Romero Gândara, médico, Associação de Médicos
Portugueses Contra a Guerra Nuclear e Todas as Guerras
Dr Cláudio Torres, arqueólogo
Arq. Manuel Raposo, Comissão Organizadora da AP-TMI
Coronel Mário Tomé
Rui Pereira, jornalista
Dr António Garcia Pereira, advogado
Joaquim Piló, presidente do Sindicato Livre dos Pescadores
e Profissões Afins
Francisco Martins Rodrigues, editor
* MAIS INFORMAÇÃO: http://tribunaliraque.no.sapo.pt/
Audiência Portuguesa
do Tribunal Mundial sobre o Iraque
Lisboa 18.19.20 Março 2005
Auditório da Torre do Tombo
Alameda da Universidade
TRIBUNAL DE OPINIÃO PÚBLICA JULGA AGRESSÃO AO IRAQUE
O Estado português é cúmplice dos crimes cometidos contra o povo iraquiano
Perante a Tribuna e o público, depoimentos vão testemunhar as provas de crimes e cumplicidades descritos na Acusação, documento elaborado por uma equipa de juristas da Comissão Organizadora da Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque (AP-TMI)
A AP-TMI acusa os governos dos EUA e da Grã-Bretanha de invadirem e ocuparem o Iraque, país soberano, sem qualquer título nem motivação legítimos, contra o direito internacional e invocando fundamentos que sabiam ser falsos; de, no decurso da guerra, terem violado as regras internacionalmente reconhecidas, ao atingirem deliberadamente alvos civis e utilizarem armas de elevada danosidade, como bombas de fragmentação e munições de urânio empobrecido; mais, acusa os mesmos governos de recorrerem sistematicamente ao uso da tortura e de tratamentos cruéis e degradantes contra os prisioneiros de guerra, com o fim de obterem informações, violando os mais elementares direitos e garantias inerentes à pessoa humana, assim desmentindo os propósitos «civilizadores» que constantemente apregoam; e acusa ainda os referidos governos de, após a ocupação, se apropriarem ilicitamente dos recursos naturais e dos fundos financeiros iraquianos, em seu benefício, e de subverterem as bases da estrutura produtiva do país com a intenção de dominarem por longo prazo a economia iraquiana.
O TMI acusa o governo português, quando presidido por Durão Barroso, de ter colaborado inteiramente na preparação da guerra, não só através de apoio político e diplomático, como através da cedência da base das Lajes, quer para a realização da «cimeira da guerra», quer como base de apoio militar à invasão, colaboração que se manteve após a ocupação, por meio da nomeação de um representante do governo junto da administração ocupante, e ainda através do envio de uma força da GNR em missão de cooperação com as forças militares ocupantes, missão que foi prorrogada pelo governo de Santana Lopes.
O TMI exige que a legalidade internacional seja reposta, com a retirada das forças ocupantes e a devolução integral da soberania ao povo iraquiano, condição indispensável da pacificação e democratização do país.
Eduardo Maia Costa, Procurador-Geral Adjunto
DEPOENTES
Dr Jorge Figueiredo, economista
Dr António Louçã, historiador
General Pedro Pezarat Correia
Dra Violaine Sautter, geóloga, directora de investigação no CNRS (Paris)
Professor Doutor José Manuel Pureza, professor de Direito Internacional
Professor Doutor José A. Azeredo Lopes, professor de Direito Internacional
Dr Fernando Nobre, médico, presidente da AMI
Professor Doutor Romero Gândara, médico, Associação de Médicos
Portugueses Contra a Guerra Nuclear e Todas as Guerras
Dr Cláudio Torres, arqueólogo
Arq. Manuel Raposo, Comissão Organizadora da AP-TMI
Coronel Mário Tomé
Rui Pereira, jornalista
Dr António Garcia Pereira, advogado
Joaquim Piló, presidente do Sindicato Livre dos Pescadores
e Profissões Afins
Francisco Martins Rodrigues, editor
* MAIS INFORMAÇÃO: http://tribunaliraque.no.sapo.pt/