23.11.04
POEMA
Tem de haver um astro em que seja presente
o que se passou há um ano, num outro o que
se passou há um século, num outro o tempo
das cruzadas e assim sucessivamente, tudo nu-
ma cadeia ininterrupta, e assim estará depois
tudo lado a lado perante o olhar da eternidade,
como as flores num jardim.
Hugo von Hofmannsthall
(1874-1929)
(in «Livro dos Amigos»,
Tradução de José A. Palma Caetano)