17.4.04
TRÊS NOTAS
A uma semana do 25 de Abril, fixemo-nos, apenas, em três breves apontamentos do que "falta cumprir", em Portugal:
1. Educação:
Basta citar Manuela Teixeira, militante do PSD ( Expresso, 17.04.04, p.21), secretária-geral da FNE (Federação Nacional dos Sindicatos da Educação),
agora em momento de saída, após quase 30 anos de sindicalismo:
- "David Justino, à excepção do concurso para professores, nada fez nestes dois anos."
- "Ele (o Ministro da Educação actual) devia seguir o conselho que Cavaco dá no seu livro: primeiro façam e depois anunciem."
- "Nunca tive grandes expectativas e sempre achei que tinha um discurso perverso e demagógico sobre o sistema educativo."
2.> Saúde.
Basta citar mais um escândalo, revelador das cumplicidades trágicas entre a Saúde, como um direito dos cidadãos, e a promiscuidade trágica do Ministério com as
empresas privadas. Como se a privatização ou empresarialização ou outra coisa qualquer, que inclua venda dos doentes ao bolso privado, fosse a solução para um país
carenciado:
- "O ministro e o secretário de Estado da Saúde têm telemóveis da empresa à qual querem comprar 40 milhões de euros de equipamento." ( Expresso, 17.04.04, p.2)
3. Emigração
Basta citar um excerto de um comunicado da FAPF (Federação das Associações Portuguesas de França):
"A Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas decidiu reduzir, em cerca de 75%, os já magros subsídios atribuídos à nossa Federação. Estes subsídios diziam
respeito a projectos em curso, sobre a promoção da língua portuguesa, a participação dos portugueses na vida local e a dinamização e federação do movimento associativo
português em França."
Mais, ainda:
"O Fonds d'Action Social (FAS), organismo do Estado francês e principal financiador dos projectos culturais da nossa Federação, decidiu bruscamente
marcar ainda mais o seu afastamento.
Em vez dos 5% que anualmente nos retirava do subsídio global (C.A./FAS-18/6/1999), em 2003 passou a retirar cerca de 30%, sem qualquer informação prévia à nossa federação.
Contestámos esta decisão junto do Director do FAS. A resposta vinda de Paris foi fria e lapidar: O FAS “…a exclu le financement des activités liées à la promotion
de la langue et de la culture portugaises…” ("... excluiu o financiamento das actividades ligadas à promoção da língua e da cultura portuguesas...").
Mas esta falta de apoio à "língua e cultura portuguesas" pelo governo francês, leva-nos a outro exemplo de partidarização:
Existe, em França, outra federação de emigrantes (CCPF- Coordination des Colectivités Portugaises en France e essa, sim, recebeu dezenas de milhares de euros do Secretário de
Estado das Comunidades.
"A arbitrariedade e a injustiça flagrantes de que é vítima a Federação das Associações Portuguesas em França, não vai ficar no segredo dos deuses, dos ministérios ou
dos salões nobres da embaixada!", escreve José Machado, da FAPF, na imprensa francesa..
1. Educação:
Basta citar Manuela Teixeira, militante do PSD ( Expresso, 17.04.04, p.21), secretária-geral da FNE (Federação Nacional dos Sindicatos da Educação),
agora em momento de saída, após quase 30 anos de sindicalismo:
- "David Justino, à excepção do concurso para professores, nada fez nestes dois anos."
- "Ele (o Ministro da Educação actual) devia seguir o conselho que Cavaco dá no seu livro: primeiro façam e depois anunciem."
- "Nunca tive grandes expectativas e sempre achei que tinha um discurso perverso e demagógico sobre o sistema educativo."
2.> Saúde.
Basta citar mais um escândalo, revelador das cumplicidades trágicas entre a Saúde, como um direito dos cidadãos, e a promiscuidade trágica do Ministério com as
empresas privadas. Como se a privatização ou empresarialização ou outra coisa qualquer, que inclua venda dos doentes ao bolso privado, fosse a solução para um país
carenciado:
- "O ministro e o secretário de Estado da Saúde têm telemóveis da empresa à qual querem comprar 40 milhões de euros de equipamento." ( Expresso, 17.04.04, p.2)
3. Emigração
Basta citar um excerto de um comunicado da FAPF (Federação das Associações Portuguesas de França):
"A Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas decidiu reduzir, em cerca de 75%, os já magros subsídios atribuídos à nossa Federação. Estes subsídios diziam
respeito a projectos em curso, sobre a promoção da língua portuguesa, a participação dos portugueses na vida local e a dinamização e federação do movimento associativo
português em França."
Mais, ainda:
"O Fonds d'Action Social (FAS), organismo do Estado francês e principal financiador dos projectos culturais da nossa Federação, decidiu bruscamente
marcar ainda mais o seu afastamento.
Em vez dos 5% que anualmente nos retirava do subsídio global (C.A./FAS-18/6/1999), em 2003 passou a retirar cerca de 30%, sem qualquer informação prévia à nossa federação.
Contestámos esta decisão junto do Director do FAS. A resposta vinda de Paris foi fria e lapidar: O FAS “…a exclu le financement des activités liées à la promotion
de la langue et de la culture portugaises…” ("... excluiu o financiamento das actividades ligadas à promoção da língua e da cultura portuguesas...").
Mas esta falta de apoio à "língua e cultura portuguesas" pelo governo francês, leva-nos a outro exemplo de partidarização:
Existe, em França, outra federação de emigrantes (CCPF- Coordination des Colectivités Portugaises en France e essa, sim, recebeu dezenas de milhares de euros do Secretário de
Estado das Comunidades.
"A arbitrariedade e a injustiça flagrantes de que é vítima a Federação das Associações Portuguesas em França, não vai ficar no segredo dos deuses, dos ministérios ou
dos salões nobres da embaixada!", escreve José Machado, da FAPF, na imprensa francesa..