21.4.04

PRIMAVERA
















PRIMAVERA

Roto sossego em que os perfis se amassem
ou de gaiola fingem, pipilando...

Ó cavalões do medo,
a chuva passa,
agente passa,
sem que ninguém saiba do enredo
e da desgraça.

(O suco da corola é que porém
avisa para sempre que na praça
passa alguém.)

Mas neste riso coxo e saltitado,
mas nesta melopeia menopausa,
mas no senhor por grosso e atacado,
aí resiste e louca existe a causa

pela qual virá uma andorinha
até à vossa orelha, onde se aninha.


Pedro Tamen

(in «Poemas a Isto", 1962; in "Abril", Abril de Abril, 1999)













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