13.12.03
VENTO
Acordo sem vento, sem chuva, encostado ao canto obscuro do fim do Outono. A manhã padece de calma. A luz retarda-se, para lá de nuvens e matinais nevoeiros. Poderia ser assim a vida: um barco sem agitação, tocado pelo sopro dos animais das margens, acordado por um golfinho, adormecido pela fada-rainha que obscurece o dia, a palavra, a sombra de ninguém..