6.12.03
Maria Lamas
Ainda hoje a força desta mulher me comove: as prisões, o exílio, a capacidade pedagógica e aquela coisa linda que é dar-nos a ler as Memórias de Adriano, de Margueritte Yourcenar, em tradução sua. Dessa obra-prima nunca nos libertaremos, tanta a beleza (dos corpos, do mundo, dos pensamentos). Cada página comove o sangue. E da amizade com M. Yourcenar, nesse Paris de exílio para milhares de portugueses, ficou a maravilha. E há o combate contra o fascismo e a luta pela igualdade de direitos. Mas, deixou-nos há vinte anos, em 6 de Dezembro de 1983. Tinha nascido em Torres Novas, em 6 de Outubro (o mesmo dia da minha mãe) do ano distante de 1893.
Ainda dela, duas memórias pessoais: um estágio na Escola Maria Lamas, no Porto, e um Prémio Maria Lamas, da Câmara de Torres Novas. Como um nome que nos segue. Como alguém que não morreu mas, apenas, deixou de ser visto.
Ainda dela, duas memórias pessoais: um estágio na Escola Maria Lamas, no Porto, e um Prémio Maria Lamas, da Câmara de Torres Novas. Como um nome que nos segue. Como alguém que não morreu mas, apenas, deixou de ser visto.