16.10.06

IRAQUE




"O estudo, agora divulgado, da revista científica britânica The Lancet sobre a mortalidade no Iraque depois da invasão de 2003 apresenta conclusões brutais: cerca de 655 000 iraquianos mortos, uma média de 500 por dia!
Completamente errado seria pensar que a ocupação é apesar de tudo necessária para manter alguma estabilidade governativa e institucional e que a retirada dos ocupantes traria a guerra civil e o caos completo ao Iraque. É que o problema está precisamente na ocupação, e só o seu fim, com a devolução da soberania ao povo iraquiano, poderá abrir um caminho de pacificação e um processo político livremente negociado entre os partidos e as forças representativas do povo iraquiano que conduza à reorganização do estado e à legitimação do poder. Um processo que não pode ser ditado pelos ocupantes, pois já se viu que o povo iraquiano não aceita tutelas de tipo colonial nem governantes impostos por essa via.
A denúncia do massacre é essencial para pressionar governantes tão teimosos e arrogantes como os da principal potência ocupante. E este estudo da revista The Lancet é um elemento precioso nesse sentido."

Eduardo Maia Costa, Procurador-Geral Adjunto do Supremo Tribunal de Justiça, coordenador da equipa de juristas que elaborou a Acusação apresentada perante a Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque, realizada em Lisboa em Março de 2005.

Comments:
O Bush já declarou que esses números não são fidedignos, pois se calhar pecam por defeito.
 
Não vês que a estabilidade só é possível, quando não houver ninguém para estabilizar.
Já acabei o romamce, estou a revê-lo.
Um abraço. Augusto
 
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