15.11.05
AS DUNAS
Apareceram as casas no tapete vegetal das areias
vigilantes, as que esperam as surpresas do mar.
Abriram-se algumas janelas para o húmido frio
da rebentação, o interminável enrolar das espumas.
À hora de inverno, quando os veraneantes se distraem
no círculo das lareiras, a linha das marés avança e
leva a areia de volta para outros fundos, outras ilhas
distantes perto dos corais onde o abandono é possível.
De coração assolado, sento-me na rocha das algas verdes
dos limos, dos ouriços. Mais longe, desaparecem as casas
como efémeros monumentos de um tempo de predação:
um espelho traz a imagem certa do princípio do mundo.
Firmino Mendes, in "Um Segredo Guarda o Mundo", Pedra Formosa
Comments:
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...muito bonito...desculpa não ter aparecido no outro dia...mas houve um problema pessoal que me impediu de ir...mas adorei a palestra sobre o livro...e troquei umas palavras bem interessantes com um dos autores...que tusabes quem é...um TAF...
Para o meu Ir:. e amigo
A António Machado
"Poeta de Sevilha, andaluz do mundo"
A tua terra
feita de mar
cerzida de verde
matizada d'ocres e brancos
pontilhada de negro
desenhou o teu carácter
e o teu "poemar".
Na campina andaluza
os toiros
Arrecadam erva da planura
para, soberbos, podrosos
estrelarem, actores de circo romano
em tardes d'humanos heroísmos
gratuitos!
A tua poesia
andaluza, luzeira
préclara e solar
tem o tamanho do mundo!
Viveste o sonho republicano
partiste no pesadelo da derrota.
Derrota maior
teres morrido de tristeza
nas ruas húmidas
do exilio parado!
Meu irmão, a tua memória
Como aqueloutra do Lorca granadino
atravessa o arco-íris da Espanha
toda!
A tua poesia, poeta,
essa, vive
no coração da Humanidade!
Em teu louvor,
seja esse o meu desígnio
caminheiro audaz e sem pudor
hei-de reverdecer os trilhos
caminhando pela tua poesia
toda!
José Albergaria
PS - Na continuação da nossa correspondência, este modestissimo "em louvor" do enorme sevilhano - António Machado.
A António Machado
"Poeta de Sevilha, andaluz do mundo"
A tua terra
feita de mar
cerzida de verde
matizada d'ocres e brancos
pontilhada de negro
desenhou o teu carácter
e o teu "poemar".
Na campina andaluza
os toiros
Arrecadam erva da planura
para, soberbos, podrosos
estrelarem, actores de circo romano
em tardes d'humanos heroísmos
gratuitos!
A tua poesia
andaluza, luzeira
préclara e solar
tem o tamanho do mundo!
Viveste o sonho republicano
partiste no pesadelo da derrota.
Derrota maior
teres morrido de tristeza
nas ruas húmidas
do exilio parado!
Meu irmão, a tua memória
Como aqueloutra do Lorca granadino
atravessa o arco-íris da Espanha
toda!
A tua poesia, poeta,
essa, vive
no coração da Humanidade!
Em teu louvor,
seja esse o meu desígnio
caminheiro audaz e sem pudor
hei-de reverdecer os trilhos
caminhando pela tua poesia
toda!
José Albergaria
PS - Na continuação da nossa correspondência, este modestissimo "em louvor" do enorme sevilhano - António Machado.
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