29.9.04

JORGE SEMPRÚN, HOJE




JORGE SEMPRÚN estará hoje, às 18.30H, na Fundação Mário Soares, para o lançamento em Portugal do romance VINTE ANOS E UM DIA ( Edições ASA).
Nascido em Madrid, em 10 de Dezembro de 1923,exila-se em França, na guerra civil espanhola, participa na resistência francesa, é deportado para o campo de concentração de Buchenwald. Até 1963, foi militante do PC Espanhol e coordenador da resistência contra o franquismo. Com a democracia, foi ministro da Cultura do governo espanhol (1988-1991)e a sua obra é um exemplo máximo de coragem, de luta pelos Direitos Humanos, de cidadania, no fundo.
Vejamos esta síntese do romance que hoje vai ser apresentado:

"O escritor espanhol Jorge Semprún estará em Lisboa, entre 28 de Setembro e 1 de Outubro, para lançar o seu romance Vinte Anos e Um Dia e para contactos com a comunicação social.
Mário Soares apresentará o livro e o autor na Fundação Mário Soares, no dia 29 de Setembro.
No dia 30, Jorge Semprún dará uma conferência no Instituto Franco-Português.

A acção de Vinte Anos e Um Dia começa em Quismondo, Toledo, no dia 18 de Julho de 1956. Na sua herdade La Maestranza, vinte anos depois da guerra civil, os Avendaño decidem celebrar pela última vez a cerimónia expiatória em que ritualmente, todos os anos, recriam a execução do irmão mais novo pelas mãos dos camponeses. Entre os convidados está um americano intrigado por tão estranho costume e um comissário da Brigada Politico-Social empenhado em dar com um tal Federico Sánchez, agente comunista. Por diferentes motivos, ambos partilham o mesmo interesse na história recente da família, sobretudo nas relações secretas da belíssima e enigmática viúva Mercedes Pombo. Na fragmentada sucessão de encontros, sobrepõem-se e complementam-se as versões, que vão reconstruindo os eventos fatídicos que deram origem à cerimónia, mas também surgem revelações aziagas de relações eróticas ocultas no ambiente espesso e violento do pós-guerra.

Vinte Anos e Um Dia, primeiro romance de Jorge Semprún em castelhano, foi considerado pelas onze maiores editoras espanholas como a melhor obra de ficção publicada em 2003, vencendo o Prémio Romance da Fundação José Manuel Lara Hernández.

“Para mim o mais importante deste livro era voltar a escrever em espanhol. Já escrevi em espanhol os dois livros (A Escrita ou a Vida e O Adeus de Federico Sánchez, publicados pela ASA) que tinham Federico Sanchez como protagonista, mas naqueles o predominante não era a literatura mas sim a memória política, a prática de uma experiência” revelou Jorge Semprún, considerando ainda que “os sons, as cores e os odores” da história retratada em Vinte Anos e um Dia, só se poderiam contar em espanhol.

“A apoteose sempruniana de Vinte Anos e Um Dia está sobretudo no brilho da prosa que arrasta o leitor através de uma história intensa, serena e gozosamente contemplada desde a iminência do presente.”
ABC

“Estamos perante um romance de verdade, autêntico e aparentemente objectivo ainda que se respirem nele rastos plenamente autobiográficos.”
El País

“Vinte Anos e Um Dia é um estranho e magnífico romance, uma história que pode apanhar o leitor a qualquer momento, não é apenas, nem especialmente, porque a história o impõe, mas sim porque os procedimentos narrativos empregues são, como poucos, extraordinários. Complexos, mas extraordinários.”

La Rázon


Comments:
Olá

Não tenho tempo de confirmar, mas sempre achei que o Semprún escreveu L'Écriture ou la Vie em francês. Os dois livros em que o fantasma (como ele disse ontem) Federico Sanchez é protagonista são Autobiografia de Federico Sanchéz (Prémio Planeta 1977) e Federico Sanchéz Se Despide de Ustedes (1993). Verifique, por favor.
Obrigada.
Susana
 
Confirmado. Os do Sanchéz, e agora este Veinte Anos y un Dia, é que foram escritos em castelhano.
 
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