15.6.04
SOMBRAS DE NADA
SOMBRAS DE NADA
«Ah, cada ser ou cousa é sombra vaga»
(Teixeira de Pascoaes)
Este nada de nada
diluído em soluços
de sombra é como cada
minúsculo percurso
de ruga abrindo um sulco
do nada até ao nada
Adoecia a mágoa, adolescia
magoada a de sombra, maculada
entre a mágoa de ser que magoava
e a mágoa de nada que doía
ensombrecendo a mágoa de mais mágoa
se adolescendo a mágoa adoescia
Quando o corpo desenha
toda a sua metade
de sombra, donde vem
aquela frialidade
que a chama não sustém?
(...)
JOSÉ AUGUSTO SEABRA
(1937-2004)
(in «Nova Renascença»,
Revista Trimestral de Cultura,
Propriedade da Associação Cultural «Nova Renascença»,
Porto, Primavera de 1982, vol. II)
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