9.6.04
COMO A BRISA QUE PASSA
Andas pelas montanhas como a brisa que passa
ou a corrente brusca que desce da neve
ou então a tua cabeleira palpitante confirma
os altos ornamentos do sol na folhagem.
Toda a luz do Cáucaso cai sobre o teu corpo
como num pequeno vaso interminável
em que a água muda de vestido e de canto
a cada movimento transparente do rio.
Nos montes o velho caminho de guerreiros e por baixo
enfurecida brilha como espada
a água entre muralhas de mãos minerais,
até que, de repente, tu recebes dos bosques
o ramo ou o relâmpago dumas flores azuis
e a insólita seta de um aroma selvagem.
(in «Cem Sonetos de Amor»,
Tradução de Albano Martins,
ed. «Campo das Letras», 2004)
PABLO NERUDA (1904-1973)
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