4.11.03
Eduardo Lourenço, em simplicíssima entrevista, consegue atingir o essencial do debate sobre uma "não-razão": a da introdução do nome de Deus na "Constituição Europeia" ( chamemos-lhe assim ). Mesmo a referência ao "judeo-cristianismo" nos espanta! Leiamos, então, as palavras redondas deste pensador português, transcrevendo do DN, de 02.11:
"Como não se conhece país europeu que consigne na sua Constituição uma referência explícita a Deus, ou mesmo à nossa efectiva herança cristã, seria estranho que de tanta abstenção fizéssemos agora uma espectacular afirmação. Mas, se calhar, essa ausência de uma referência "política" a Deus ( como nos Estados Unidos ) ainda é a melhor homenagem que podemos prestar ao nome inconfiscável de Deus. A que título, o mais "desencantado" dos continentes comprometeria Deus na sua escritura profana ?"
Quando tantos sacristas populistas, estilo Paulo Feirinhas, arremessam demagogia a terço para um povo indiferente à "Constituição Europeia", aí está um parágrafo para meditação real e não transcendental. A fixar. A reter e a citar.
"Como não se conhece país europeu que consigne na sua Constituição uma referência explícita a Deus, ou mesmo à nossa efectiva herança cristã, seria estranho que de tanta abstenção fizéssemos agora uma espectacular afirmação. Mas, se calhar, essa ausência de uma referência "política" a Deus ( como nos Estados Unidos ) ainda é a melhor homenagem que podemos prestar ao nome inconfiscável de Deus. A que título, o mais "desencantado" dos continentes comprometeria Deus na sua escritura profana ?"
Quando tantos sacristas populistas, estilo Paulo Feirinhas, arremessam demagogia a terço para um povo indiferente à "Constituição Europeia", aí está um parágrafo para meditação real e não transcendental. A fixar. A reter e a citar.