6.9.03

V�RUS

De tanto se ter falado neles, o medo alastra. A doença pega-se, propaga-se dos amigos que perderam importantíssimos ficheiros até esta casa alta onde o céu, azulíssimo hoje, quase toca. Esta é uma justificação para o silêncio de quatro dias. A clandestinidade regressa ao quotidiano ou est ? amos, outra vez, perante um ataque marciano ? Ah, o medo... E eu que estive mais perto de Marte do que os habitantes das planícies, estremeço de pavor. Mas, afinal, o que é isto de um vírus informático, quando mais gente morre no Iraque, na Palestina ou noutros cantos já esquecidos do Planeta ? Valha-nos um pouquinho de calma para manter a lucidez cada vez mais necessária ao quotidiano ! Ou um poema, como este "clássico" do Ramos Rosa.

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