2.9.03

SETEMBRO

Há manhãs que nos caem em cima como portas que se fecham. Pesam. Trazem a memória dos dias leves no coração dos pássaros. São assim estas primeiras manhãs de Setembro: quase novas, brincando ao trabalho, chamando gente para a tarefa sangrenta do quotidiano. Neste meio-dia solar, com sol no jardim do Parque, vale a pena escrever com a palavra abétula, inventando nódulos negros para as dobras quase brancas da casca. Esguias, alinhadas, dão sombra ao ribeiro que corre para Sul, nesta Senhora da Peneda quase ao lado. As fragas multiplicam os caminhos. Também se pode morrer de tranquilidade: o rosto no musgo, o dia muito alto.

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